Infelizmente muitas pessoas que trabalham na área da educação são meros professores e não educadores. A diferença está em exatamente fazer a diferença. O educador vai além da sala de aula, é aquela pessoa que percebe a gente e nos impulsiona pra frente, é aquele que nos faz ver além do vidro da janela. É quem nos faz acreditar em nós mesmos, é quem vibra junto com cada conquista! Educadores não necessariamente são professores ou se encontram dentro da escola. Se tivessemos mais educadores do que professores acredito que a educação não seria um problema tão sério quanto ainda é hoje.
Me parece que hoje estamos mais preocupados em dar nomes aos comportamentos , que na visão de alguns interfere no processo de aprendizagem, do que trabalhar de fato em função de sanar essas dificuldades. É mais fácil justificar o porquê a criança não aprende do que encarar o desafio de fazer com que ela aprenda apesar de suas limitações.
Dislexia, TDAH, DPAC, Discalculia, entre outros distúrbios ou transtornos de aprendizagem que temos encontrado por ai são apenas diagnósticos que apresentam um conjunto de comportamentos. Não devemos simplesmente rotular e abrir mão do indivíduo que aprensa algum desses comportamentos, ao contrário disso devemos usa-lo a nosso favor. Se já é certo que o individuo apresenta alguma dificuldade temos que levar isso em conta e trabalhar para contribuir com seu desenvolvimento. Limitações e deficiências todos nós temos, o importante é aprender a superar ou encontrar estratégias para viver melhor.
Ministro aulas de Educação Física do 2º ano do Ensino Fundamental I ao 3º ano do Ensino Médio em uma escola particular em São Paulo. Esse ano conheci um aluno que já era famoso por seu comportamento inadequado. Isso já deve ter acontecido com muitos de vocês, essa é uma história clássica que tem se repedido e continuará por muitos anos se não pararmos para prestar atenção no que estamos fazendo com esses seres que em algum momento passam por nossas mãos.